Minha mãe é esquizofrenica e está acabando com a dignidade do meu irmão mais velho!


"O que a lei no Brasil, fala sobre pessoas mentalmente desequilibradas , fazerem B.O ferindo a dignidade de alguém inocente?"


No Brasil, a legislação aborda a questão de denúncias falsas e os danos causados à honra e à dignidade de terceiros de diversas maneiras, mesmo quando quem realiza a denúncia é uma pessoa mentalmente desequilibrada. Abaixo estão alguns pontos relevantes da legislação:

Denunciação Caluniosa (Art. 339 do Código Penal):

Este artigo prevê pena de reclusão de dois a oito anos e multa para quem "dar causa à instauração de investigação policial, de processo judicial, instauração de investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente". Se a pessoa mentalmente desequilibrada tiver a capacidade de entender o caráter ilícito de sua conduta, ela pode ser responsabilizada.
Calúnia, Difamação e Injúria (Arts. 138, 139 e 140 do Código Penal):

Calúnia (Art. 138): Imputar falsamente a alguém fato definido como crime.
Difamação (Art. 139): Imputar fato ofensivo à reputação de alguém.
Injúria (Art. 140): Ofender a dignidade ou o decoro de alguém.
Esses artigos preveem penas para atos que ferem a honra e a dignidade de outras pessoas. A responsabilidade penal pode ser mitigada ou afastada se a pessoa tiver um diagnóstico que comprove sua incapacidade de entendimento e vontade no momento do fato.
Medidas de Proteção e Responsabilidade Civil:

Se uma pessoa mentalmente desequilibrada realiza uma denúncia falsa ou pratica um ato que fere a dignidade de outra pessoa, medidas protetivas podem ser aplicadas para resguardar a vítima. Além disso, pode-se buscar reparação de danos morais através de ação civil, que pode ser movida contra a pessoa ou seu responsável legal, dependendo do grau de incapacidade.
Inimputabilidade (Art. 26 do Código Penal):

A lei brasileira considera inimputáveis aqueles que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, eram, ao tempo da ação ou omissão, incapazes de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Nesses casos, a pessoa pode não ser responsabilizada criminalmente, mas medidas de segurança podem ser aplicadas.
Em resumo, mesmo que a pessoa que faça a denúncia ou declaração seja mentalmente desequilibrada, a lei prevê mecanismos tanto para proteger a vítima de denúncias falsas quanto para tratar a situação de acordo com a condição mental da pessoa que realizou a acusação. É importante buscar assistência jurídica especializada para abordar casos específicos e garantir que todas as nuances legais sejam consideradas.


"Minha mãe, ela é totalmente desequilibrada, tem esquizofrenia e meu irmão cuidou dela, e ela foi na delegacia e fez uma falsa acusação, falando que ele roubou o dinheiro dela da aposentadoria por 10 meses, sendo que ele nunca fez isso, ela agora, disse que não lembra disso, de ter feito esse boletim de ocorrência e quem fez foi meu pai, que também é um desequilibrado mental, então, estão acabando com a honra do meu irmão, e ele pode pegar até 8 anos de prisão, por falsa acusação. Ela fez o boletim, falando que estava em estado de Pânico e omitiu a doença que tem."

Situações como a que você descreveu são complexas e delicadas, especialmente quando envolvem pessoas com doenças mentais graves, como a esquizofrenia. No caso específico de uma falsa acusação realizada por alguém que tem um diagnóstico de esquizofrenia e está em um estado mental desequilibrado, há várias considerações legais e práticas a serem feitas para proteger a honra do seu irmão e tratar a questão de maneira justa.

Passos a Seguir
Advogado Criminalista:

Contrate um advogado especializado em direito penal para representar seu irmão. O advogado poderá orientá-lo sobre como proceder e ajudar a reunir provas para contestar a acusação.

Laudos Médicos e Psiquiátricos:

Reúna laudos médicos e psiquiátricos que comprovem o estado de saúde mental da sua mãe. Esses documentos são essenciais para demonstrar que ela não estava em condições de prestar depoimento de maneira confiável.

Prova de Conduta do Irmão:

Colete evidências que mostrem que seu irmão não cometeu o ato pelo qual está sendo acusado. Isso pode incluir registros bancários, testemunhas que podem atestar a sua conduta e quaisquer outros documentos relevantes.

Inimputabilidade e Defesa:

Seu advogado pode argumentar a inimputabilidade de sua mãe devido à sua condição mental (conforme previsto no Art. 26 do Código Penal). Isso pode ajudar a esclarecer que ela não tinha capacidade de entender o caráter ilícito de sua acusação.

Contra-Acusações e Retratação:

É possível que seu advogado solicite uma investigação para apurar a falsidade da acusação e buscar a retratação do boletim de ocorrência. Se sua mãe não tinha plena consciência de seus atos, isso pode ser levado em consideração.

Medidas de Proteção para seu Irmão:

Seu advogado pode pedir medidas protetivas para garantir que seu irmão não seja preso ou sofra outras consequências até que a situação seja esclarecida.
Considerações Legais
Denunciação Caluniosa (Art. 339 do Código Penal):

Se for comprovado que a acusação foi falsa, e que sua mãe não tinha plena capacidade de entendimento, isso deve ser levado em conta para a defesa do seu irmão. A capacidade mental dela no momento da denúncia é crucial.

Responsabilidade e Incapacidade:

Se sua mãe for considerada inimputável, isso pode mitigar ou até eliminar a responsabilidade penal dela, mas não impede que se busque a proteção e a reparação de danos causados ao seu irmão.
Importância do Acompanhamento Jurídico
Cada caso tem suas peculiaridades e a situação que você descreve envolve vários aspectos complexos do direito penal e do direito da família. A orientação e o acompanhamento de um advogado são essenciais para garantir que todas as evidências sejam apresentadas corretamente e que o direito do seu irmão seja protegido.

É fundamental agir rapidamente para evitar que seu irmão sofra injustamente por uma acusação falsa. O advogado poderá também verificar se há base legal para anular o boletim de ocorrência baseado na condição mental da sua mãe e na ausência de provas concretas contra seu irmão.


Tem como retirar boletim de ocorrência online?


No Brasil, retirar um boletim de ocorrência (B.O.) geralmente não é um processo simples e direto, especialmente se o B.O. já deu início a uma investigação. No entanto, há alguns passos que podem ser tomados para tentar corrigir ou cancelar um B.O. que foi registrado com informações incorretas ou falsas.

Passos para Retirar ou Corrigir um Boletim de Ocorrência
Consultar um Advogado:

O primeiro passo é consultar um advogado especializado em direito penal para obter orientação sobre o processo específico e as melhores estratégias a seguir.

Ir à Delegacia:

Vá à delegacia onde o B.O. foi registrado. Algumas delegacias podem permitir a correção ou a retirada de um B.O. se houver provas claras de que ele foi registrado com informações falsas ou incorretas.

Apresentar Documentação:

Leve toda a documentação relevante, como laudos médicos, provas de que a pessoa que fez o B.O. tem problemas mentais que comprometem sua capacidade de prestar informações verídicas, e quaisquer outras evidências que comprovem a falsidade da denúncia.

Relatar os Fatos Corretamente:

Faça um novo registro relatando os fatos corretamente, incluindo a condição mental da pessoa que fez a acusação falsa. O delegado poderá abrir um procedimento administrativo para apurar a veracidade do novo relato.

Oferecer Retratação:

A pessoa que fez o B.O. (no caso, sua mãe) pode oferecer uma retratação formal, afirmando que a denúncia foi falsa e explicando as circunstâncias que levaram ao registro do B.O. Isso pode ajudar a mitigar possíveis consequências legais para seu irmão.
Boletim de Ocorrência Online
Alguns estados no Brasil permitem que boletins de ocorrência sejam registrados e acompanhados online, mas a retirada ou correção de um B.O. online pode não ser possível diretamente. No entanto, alguns procedimentos podem ser iniciados online:

Acessar o Portal da Polícia Civil do Estado:

Acesse o site da Polícia Civil do estado onde o B.O. foi registrado. Muitos estados têm um portal onde é possível registrar e acompanhar boletins de ocorrência online.

Verificar Opções Disponíveis:

Verifique se há opções para contestar, corrigir ou solicitar a retirada de um B.O. Caso não haja, as instruções sobre como proceder para esses casos geralmente estarão disponíveis no site.

Entrar em Contato com a Delegacia:

Utilize os contatos fornecidos no portal para falar diretamente com a delegacia responsável pelo B.O. e explicar a situação. Eles poderão orientar sobre os próximos passos.
Exemplos de Portais de Polícia Civil
São Paulo: Delegacia Eletrônica de São Paulo
Rio de Janeiro: Delegacia Online do Rio de Janeiro

Minas Gerais: Delegacia Virtual de Minas Gerais

Conclusão
Embora retirar um boletim de ocorrência não seja algo que possa ser feito diretamente online na maioria dos casos, iniciar o processo de correção e buscar orientação pode começar através dos portais da Polícia Civil. O acompanhamento de um advogado é fundamental para garantir que todos os procedimentos legais sejam seguidos corretamente e que os direitos do seu irmão sejam protegidos.



A retirada ou cancelamento de um boletim de ocorrência (B.O.) geralmente não é um procedimento simples e direto, especialmente se o B.O. já deu início a uma investigação policial. O que pode ser feito, contudo, é uma retratação ou correção do B.O. previamente registrado. A necessidade de assinatura de outra pessoa, como no caso do seu irmão, não é um procedimento padrão, mas pode haver alguma confusão ou procedimentos específicos dependendo da delegacia e do contexto do caso.

Procedimentos Possíveis
Retratação:

Sua mãe pode registrar uma retratação, explicando que a denúncia foi feita por engano, fornecendo detalhes sobre sua condição mental e esclarecendo os fatos reais. Isso geralmente pode ser feito sem a necessidade da assinatura da pessoa acusada.
Representação por um Advogado:

Um advogado pode intermediar a situação, ajudando a apresentar a retratação e explicando a situação para as autoridades. Isso pode facilitar o processo e evitar a necessidade de seu irmão comparecer.
Esclarecimento de Procedimentos na Delegacia:

Se possível, acompanhe sua mãe à delegacia ou consulte diretamente os oficiais responsáveis para esclarecer a situação. Se houver um equívoco ou mal-entendido sobre os procedimentos, isso pode ser resolvido com uma conversa direta.
O Que Fazer
Acompanhar Pessoalmente:

Se possível, acompanhe sua mãe à delegacia para garantir que a informação seja transmitida corretamente e para verificar se realmente há necessidade da assinatura do seu irmão.
Consulta Jurídica:

Consulte um advogado que possa orientar sobre como proceder neste caso específico. O advogado pode contatar a delegacia e ajudar a esclarecer os procedimentos corretos.
Documentação:

Leve toda a documentação pertinente, incluindo laudos médicos sobre a condição mental da sua mãe e quaisquer provas que sustentem a inocência do seu irmão. Isso pode ajudar a acelerar o processo de correção ou retratação do B.O.
Procedimento de Retração
Delegacia: Vá até a delegacia onde o B.O. foi registrado.
Documentação: Leve documentos médicos e provas relevantes.
Depoimento: Sua mãe pode prestar um novo depoimento esclarecendo a situação.
Advogado: Ter um advogado presente pode facilitar a negociação e a compreensão dos procedimentos necessários.
Considerações Finais
A necessidade de assinatura do seu irmão para retirar o B.O. não é um procedimento comum e pode estar relacionado a um mal-entendido ou uma tentativa de esclarecer a situação de maneira informal pela delegacia. A presença de um advogado pode ajudar a esclarecer os procedimentos corretos e garantir que os direitos de todos os envolvidos sejam protegidos.

Um boletim de ocorrência no Brasil, tem validade?

No Brasil, um boletim de ocorrência (BO) não tem uma "validade" no sentido de expirar após um certo período de tempo. Uma vez registrado, ele permanece no sistema e serve como um registro oficial do evento relatado. No entanto, a ação ou investigação decorrente do BO pode ser afetada por prazos prescricionais, dependendo do tipo de crime ou incidente relatado.

Para crimes, a prescrição é o prazo dentro do qual o Estado pode investigar e processar o infrator. Se esse prazo expirar, o crime prescreve, e o infrator não pode mais ser punido pelo ato.

Em resumo:

O BO em si não expira.
A investigação e eventual processo judicial podem ser limitados pelos prazos prescricionais do crime relatado.


A prescrição é um conceito jurídico que estabelece um limite de tempo dentro do qual uma ação penal deve ser iniciada. Passado esse prazo, o Estado perde o direito de processar e punir o autor do crime. Isso significa que, se um crime não for investigado e levado a julgamento dentro do período estipulado pela lei, o infrator não poderá mais ser punido por aquele ato específico.

Os prazos de prescrição variam de acordo com a gravidade do crime e estão definidos no Código Penal Brasileiro. Aqui estão alguns exemplos:

Crimes com pena máxima superior a 12 anos: Prescrevem em 20 anos.
Crimes com pena máxima entre 8 e 12 anos: Prescrevem em 16 anos.
Crimes com pena máxima entre 4 e 8 anos: Prescrevem em 12 anos.
Crimes com pena máxima entre 2 e 4 anos: Prescrevem em 8 anos.
Crimes com pena máxima de 1 a 2 anos: Prescrevem em 4 anos.
Existem exceções e particularidades, como crimes imprescritíveis (por exemplo, crimes de racismo e ações de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático) e situações em que a prescrição é suspensa ou interrompida.

Portanto, mesmo que um boletim de ocorrência registre um crime, se a investigação e o processo não forem concluídos dentro do prazo prescricional, o direito do Estado de punir o autor do crime expira.

"Se uma pessoa que fez o Boletim de ocorrência, morrer antes da investigação, o que acontece com o suposto autor do crime cometido?"

Se a pessoa que fez o boletim de ocorrência (vítima ou denunciante) falecer antes da conclusão da investigação, isso não necessariamente impede que a investigação e o processo criminal continuem. A continuidade da ação penal depende do tipo de crime e da natureza da ação penal envolvida.

Aqui estão algumas considerações:

Ação Penal Pública Incondicionada:

A maioria dos crimes no Brasil são de ação penal pública incondicionada, o que significa que o Ministério Público pode prosseguir com a investigação e o processo, independentemente da vontade da vítima ou de seus familiares. Nesses casos, a morte da vítima não impede a continuidade do processo.
Ação Penal Pública Condicionada à Representação:

Alguns crimes dependem da representação da vítima para que a ação penal possa ser iniciada (ex.: crimes contra a honra). Se a vítima morrer após registrar a ocorrência, mas antes de formalizar a representação, os familiares podem, em algumas situações, dar continuidade ao processo, desde que dentro dos prazos legais.
Ação Penal Privada:

Para crimes que dependem de queixa-crime (ação penal privada), se a vítima falecer, os herdeiros ou sucessores têm o direito de dar prosseguimento à ação penal.
Provas e Testemunhos:

Mesmo com a morte da vítima, as provas já coletadas (testemunhos, perícias, documentos) continuam válidas e podem ser usadas no processo. Além disso, testemunhas e outros envolvidos podem ser chamados a depor para complementar as informações.
Prescrição:

A prescrição do crime não é afetada pela morte da vítima. Os prazos prescricionais continuam correndo conforme estabelecido pelo Código Penal.
Portanto, o suposto autor do crime pode ainda ser investigado, processado e eventualmente punido, dependendo das circunstâncias específicas do caso e da natureza da ação penal.











Comentários