Em memória do meu lindo gatinho "Black" nunca irei te esquecer 😭

Em memória do meu lindo gatinho "Black" nunca irei te esquecer 😭
Black: Uma jornada de amor e lembranças!

"Oi Black! Hoje é o segundo dia desde que você fugiu quando tentaram jogar água em você para lavar aquele veneno que colocaram no seu corpinho...
Eu sei como foi sofrer perseguição o tempo todo meu garotinho.
Aquele gato não deixava você em paz e você sempre ficava escondido com medo dele.
Ele agrediu você por tantas vezes que eu até fico aqui tentando contar quantas vezes foram... 
Bom, desde a primeira vez que você foi ferido na parte de trás do seu quadril, cuidamos com tanto carinho de você, porque a gente te amava muito e ainda te amamos por todas as memórias boas que você nos proporcionou.
Eu lembro que você gostava de amassar as suas lindas e belas pantufinhas pretas em nós para nos acordar pela manhã e mordia a ponta dos meus pés para também me acordar com carinho, a mordidinha era tão levinha e eu sentia que você me amava também meu garotinho.
Eu sei de todas as suas mãnhas, você com seus olhos amarelos lindos e seu pêlo preto brilhante por todo o seu corpinho da cabeça aos pés, parecia um gato da realeza com suas manias que por vezes me deixava estressada, mas eu te amava tanto e sempre cumpria o papel da sua mamãe para te deixar feliz.
Você não gostava de carne de frango crua e nunca gostou de peixe cru, só comia se tivesse bem gostoso e só o filezinho, a parte mais macia. 
Eu sempre dava um jeitinho de agradar você, porque você me fazia feliz e o que eu tinha que fazer?
Deixar você também feliz, claro!
Você quando não gostava de algo que eu dava, logo empurrava com a pantufinha linda, como se dissesse "eu mesmo, não vou comer isso não", a gente entendia você e logo tirava.
Você me fazia rir demais quando jogava bola com suas patinhas de trás rolando ela entre os pés como se fosse um jogador profissional e depois disso, jogava ela para mim. 
Até parece que eu havia treinado você, fofinho inteligente!
Você gostava de fazer calistenia debaixo da cama e arranhava o tecido embaixo e cuspia depois de arrancar um pedaço.
Eu achava isso muito interessante, como é que você sabia cuspir?
Você sempre levantava quando estava dormindo, fosse a hora que fosse, quando ouvia o som da geladeira abrindo.
Você sabia que ali poderia ter coisas gostosas e claro que não ia deixar de observar para poder pedir.
Você gostava de ficar olhando tudo na geladeira e quando não encontrava nada, saia e voltava para dormir.
Quando encontrava dava um suave miado olhando para mim e sentava.
Seu miado sempre foi muito fofo e eu nem pude registrar, nunca pensei que não teria tempo.
Você gostava tanto de carne bovina crua, que faltava pular em cima de mim para dizer " eu quero, eu quero, me dá um pedacinho" lá ia eu cortar os cubinhos para você.
E quando terminava lambia as pantufinhas de uma maneira tão fofa!
Você gostou tanto da sua caminha que eu fiz que não saia de cima dela e sempre cheirava os panos para saber se estavam cheirosos e quando estavam sujos você se recusava a se deitar, só quando eu lavava ou trocava que você voltava a deitar nela.
Você achava que era da realeza fofinho?
(Risos)
Você sempre acordava a gente com as pantufas na nossa coxa ou barriga para colocar você para fazer xixi e a gente sempre acordava e levava você.
Você sabia que não podia fazer xixi no banheiro e nem cocô! 
Aprendeu tão rápido, que mesmo deixando o banheiro aberto você era inteligente e nos acordava para fazer suas necessidades.
Você tinha seus trejeitos e uma inteligência tamanha!
Sempre me cativou com seu olhar meigo e lindo! 
Sempre fechava os olhinhos quando eu mimava você e se deitava no chão para eu fazer carinho no seu queijo e cabecinha, você gostava tanto, que às vezes até dormia.
Você me tão fazia feliz!
Você sempre teve vergonha de fazer suas necessidades fisiológicas na nossa frente e sempre procurava cantinho escondido, como se soubesse que isso é realmente o certo.
Quando a gente levantava você para dançar e você ficava em pé, você colocava o rabo entre as pernas até a altura da barriga para esconder o seu piu piu, sempre achei isso muito engraçado!
Porque você parecia gente, com essas atitudes.
Soube que você foi abandonado numa caixa e um dia alguém pegou você e deu para outra pessoa, passou por três famílias, até chegar aqui.
Não sei porque não quiseram uma coisinha tão fofa como você.
Quando você chegou aqui, você era tão magrinho, aí foi crescendo, crescendo e seus pêlos começaram a ficar lindos e seu rabo tão peludão!
Você nos escolheu para ser sua família, você se adotou com a gente e como recusar isso?
Eu nunca deixei faltar sua ração, sempre dei um jeito e sempre procurava dar seus petiscos preferidos.
O gato que te perseguiu fez com que sua vida fosse destruída.
Eu sinto muito Black, você sofreu tanto!
Foram tantas tentativas para fazer você ficar protegido, mas acho que falhamos.
Só queríamos o seu bem, meu garotinho.
Nós te procuramos tanto, mas não conseguimos te encontrar e realmente acho que você não vai mais voltar porque você saiu daquele jeito...
E se você estiver do outro lado, só peço que descanse em paz.
Eu sempre vou te amar, meu garotinho.
Você nos deu boas risadas e muitas memórias lindas!
Você gostava de abraços e se ficar deitado na mureta da casa apreciando a vista da cidade.
Você gostava de caçar lagartixas para brincar com elas e os filhotes delas, você sempre comia depois de brincar.
Você era tão cheio de vida, por que isso foi acontecer tantas vezes?
Você começou a ficar debilitado porque o gato sempre féria você e começou também a ficar fraquinho e cada vez mais fraquinho...
Eu nunca vou esquecer de você.
Te amarei para sempre."
✍️💕😿 

De sua tutora, para Black com amor!
😭

12 de agosto de 2021


Introdução:


No horizonte das páginas em branco, ergue-se uma história emocionante que transcende o tempo e o espaço. Sob o título "Black, uma jornada de amor e lembranças", uma narrativa fictícia ganha vida, entrelaçando a magia das palavras com a profunda conexão que um ser humano pode ter com um pequeno e fiel companheiro de quatro patas. É nessa envolvente trama, carregada de drama e emoção, que encontramos um aprendizado transformador que permeia cada página, deixando uma marca indelével nos corações dos leitores.

Neste conto, mergulharemos em uma jornada repleta de amor e recordações. As palavras fluirão como um rio caudaloso, transportando-nos para um universo onde as fronteiras entre o real e o imaginário se tornam tênues, permitindo-nos explorar os mais profundos sentimentos humanos.

Em seu cerne, "Black" é uma homenagem sincera e tocante a um gatinho que se tornou um verdadeiro membro da família. Através das páginas deste livro, você será transportado para momentos de alegria e felicidade compartilhados com essa adorável criatura de pelagem negra, cujos olhos brilhantes capturaram a alma de seu dono, envolvendo-os em um vínculo inquebrável.

No entanto, a vida é uma tapeçaria complexa, tecida com fios de luz e sombras. E assim como a jornada de Black é repleta de amor, ela também será permeada por momentos de dor e tristeza. Os desafios e as provações se tornam inevitáveis, testando a resiliência de ambos os personagens principais. À medida que a narrativa se desenrola, você será levado a enfrentar os altos e baixos dessa relação especial, refletindo sobre a força do amor diante da adversidade.

Em meio ao turbilhão de emoções, o livro se revela como um espelho da experiência humana, permitindo-nos explorar nossa própria conexão com os seres que amamos e as lembranças que nos moldam. É através da história de Black que aprenderemos sobre aceitação, perda, renovação e o poder transformador que o amor pode ter em nossas vidas.

Prepare-se para embarcar nessa viagem singular, onde as páginas se transformam em portais para uma realidade intensamente vívida. Permita-se ser cativado por cada palavra, cada lembrança, enquanto a história de Black desvenda as camadas mais profundas do coração humano. Afinal, ao final dessa jornada, você descobrirá que as lições aprendidas são mais valiosas do que qualquer tesouro e que o amor verdadeiro permanece eternamente em nossas almas.

Nos cantos mais recônditos do meu coração, existe um tesouro guardado com todo o carinho. Uma história vibrante e afetuosa, que se entrelaça com as memórias de uma pequena criatura que deixou marcas profundas em minha vida. Este livro é uma homenagem dedicada à memória de meu querido gatinho, um companheiro leal que iluminou meu caminho com sua presença gentil e sua personalidade cativante.

Convido você a embarcar nessa jornada emocionante, na qual as palavras ganham vida para contar a história de um pequeno ser que deixou pegadas profundas em minha alma. Seja bem-vindo a "Black Uma Jornada de Amor e Lembranças", onde cada página é um tributo ao poder inestimável dos laços entre seres humanos e seus animais de estimação.




Dedicatória:

"Para todos aqueles que apreciam a magia contida nas entrelinhas das histórias,
Para os amantes dos felinos, os fiéis guardiões do nosso coração,
Para aqueles que encontram na simplicidade dos laços verdadeiros um refúgio,
Esta é uma dedicatória especial.

"Black, uma jornada de amor e lembranças" é uma ode ao poder dos afetos e às memórias que nos moldam. Entre as páginas deste livro, reside uma história fictícia inspirada em um companheiro de quatro patas cujo nome ecoa em meu coração: Black, meu amado gatinho.

Convido você, querido leitor, a embarcar nesta jornada singular, onde os sentimentos são tecidos em cada linha e os suspiros se entrelaçam com as lembranças. Neste conto, Black ganha vida e nos conduz por caminhos inesperados, repletos de amor, aventuras e descobertas.

Ao ler cada capítulo, permita-se ser cativado pela força dos laços que se formam entre os personagens. Deixe que suas emoções sejam despertadas, que suas lágrimas e risos se entrelacem num ballet de sentimentos. E, ao chegar ao último ponto final, sinta o desejo de compartilhar essa história especial com outros leitores, espalhando a magia que permeia estas páginas.

Que este livro seja um abrigo para todos aqueles que buscam refúgio nas histórias, que encontrem na jornada de Black um bálsamo para a alma e um lembrete de que, por mais que os amores partam, suas memórias permanecem eternas."

Com carinho,

(Alinny Mello )



Ame e proteja os animais.


Os direitos dos animais são uma área em constante evolução no campo da ética e da legislação. Embora as leis e os padrões de proteção animal possam variar de país para país, existem alguns princípios fundamentais que são amplamente aceitos e defendidos por defensores dos animais em todo o mundo.

Direito à vida: Os animais têm o direito fundamental de viver e não devem ser sujeitos a morte desnecessária ou cruel.

Direito à liberdade: Os animais não devem ser submetidos a confinamento injustificado, devendo ter a oportunidade de exercer seus comportamentos naturais.

Direito à alimentação adequada: Os animais têm o direito de receber alimentação adequada para atender às suas necessidades nutricionais.

Direito a um ambiente adequado: Os animais têm o direito de viver em um ambiente que atenda às suas necessidades físicas e comportamentais.

Direito a cuidados veterinários adequados: Os animais têm o direito de receber cuidados veterinários adequados para garantir seu bem-estar e prevenir doenças e sofrimento desnecessários.

Direito à proteção contra maus-tratos: Os animais têm o direito de serem protegidos contra abusos, crueldade e tratamentos desumanos.

Convite para amar e cuidar dos animais:

Caros leitores de "Black, uma jornada de amor e lembranças",

Ao embarcarem nesta emocionante jornada por meio das páginas do livro "Black", convido-os a abrir seus corações para amar e cuidar dos animais que compartilham nosso mundo. Inspirados pela história de Black, um amigo leal e companheiro, podemos encontrar a coragem e a determinação para fazer a diferença em suas vidas e na sociedade como um todo.

Cada um de nós possui o poder de proteger e preservar os direitos dos animais. Comecemos em nossos lares, adotando uma postura responsável ao fornecer abrigo, alimentação adequada, cuidados veterinários e carinho incondicional aos nossos animais de estimação. Mas não paremos por aí. Espalhemos essa corrente do bem para além das nossas fronteiras, compartilhando conhecimento e conscientizando aqueles ao nosso redor sobre a importância de respeitar e valorizar todas as formas de vida.

Juntos, podemos fazer uma diferença significativa na vida dos animais. Participem de organizações de proteção animal, apoiem projetos de resgate e reabilitação, promovam leis e regulamentações mais rigorosas em prol dos direitos dos animais. Cada pequeno gesto conta e, ao trabalharmos em conjunto, poderemos construir um mundo onde os animais sejam tratados com dignidade, compaixão e respeito.

Deixe que a história de Black toque seus corações e inspire-os a agir. Que cada página deste livro seja uma motivação para amar, proteger e cuidar dos animais, sejam eles grandes ou pequenos, domésticos ou selvagens. Vamos nos unir em prol de uma causa nobre, fazendo de nosso mundo um lugar melhor para todas as criaturas que nele habitam.



Black: Uma jornada de amor e lembranças!


Cap: 1 - "A caixa de papelão ficou sendo a sua casa"

- Certo dia, em um período bastante quente na cidade B. alguém o deixou em cima do canteiro da rua, dentro de uma caixinha apertada, amassada e carente de cuidados.

Ele via humanos passarem e ficava bem assustado!

Ele era apenas um filhotinho de poucos meses e não sabia o que estava acontecendo.

Por que, ele estava ali?

e sua mãezinha?

Aonde ela estaria?

Ele só lembrava que amaciava suas pantufinhas nos seios dela, enquanto seus olhos fechados sentia a sensação mais gostosa da vida, que era curtir o sabor do leite que o alimentava.

Enquanto estava na caixinha, via coisas que ele nunca havia visto em seu pequeno tempo de existência...

Objetos velozes passavam em todos os momentos, fazendo seu coração pulsar de tanto medo e susto do desconhecido.

Já havia passado várias horas, desde que ele foi deixado ali e tudo era tão estranho, seu estômago começava a doer e fazer barulhos estranhos e ele sabia que tinha que lutar para sobreviver á todo custo!
Olhava para todos os lados e tentava encontrar algum ser da sua mesma espécie, mas, só havia muitos humanos e nem sequer o olhavam quando passavam por ele...

Ele se sentiu triste e pela primeira vez, seus olhinhos sentiram que algo não estava bem!

Sabia que nunca mais iria ver a sua mãe...

E seu fim, talvez estivesse próximo!

Ele tentava sair da caixa onde estava, mas, aquelas coisas rápidas, passavam na velocidade da luz e como ele iria se deslocar até o outro lado da rua?

Ele não sabia que existia morte, mas, seu instinto falou mais alto e uma sensação ruim ele começava a sentir.
Mas, tinha que arriscar!
O que mais poderia fazer?
Ali era um território desconhecido e longe de tudo o que ele conhecia, em seus poucos meses de vida.

Mas, tinha que encontrar algo para comer!
Tinha que tentar conquistar algum humano para o alimentar...

Enquanto ele pensava isso, tentava sair de perto da caixa, mas, andava poucos centímetros e voltava novamente!

O medo era gigante...

Ele observava tudo ao seu redor, enquanto o tempo ia passando rapidamente e a fome aumentando cada vez mais!

Lembrou do leite quentinho da sua mamãe e sentiu uma enorme tristeza ao se recordar.

Ele não entendia porque o abandonaram naquele local vazio, também não queria entender...
Afinal, ele era só um simples gatinho.

Preto, com um rabo que começava a ficar peludo e macio, com pantufinhas pequenas e fofas!
Olhos amarelos que ficavam extremamente lindos durante o dia!
Com sua íris comprimida, como os olhos de um réptil.
Ao chegar da noite, ficavam extremamente grandes e redondos...

Ele podia caçar, mas, não havia onde!
O deixaram á beira de uma estrada sem mata, árvores ou qualquer lugar que tivesse ao menos água para beber...

E ele estava com fome e a sede estava crescendo também!

Onde encontraria água e comida?

Então, lembrava das borboletas que caçava e dos filhotes de lagartixas que pegava de vez em quando...

Ele lembrava que capturava aquelas "labigós" e brincava com elas até elas cansarem e morrerem...

Começou a pensar, que aconteceria o mesmo com ele, e agora?

Estava totalmente perdido!

Algo tinha que acontecer, para que ele fosse salvo e saísse dali o mais depressa possível.

Enquanto amedrontado, com fome e sede, observava que havia muitas casas humanas á sua frente!
Era somente atravessar a rua e torcer para não morrer... ou até mesmo levar chutes de um humano ruim.
Isso costumava acontecer no território onde já era familiarizado, antes de chegar ali...

Era bem doloroso!

Ele lembrava que era super divertido, gostava de pular, de brincar e correr atrás das lindas borboletas na casa dos humanos que o criaram, até o abandonarem. Sem qualquer motivo aparente!

O que ele havia feito?

Não havia respostas para essa pergunta!

Mas, se contentava!

Afinal, gatos nascem para sofrer mesmo!
Com ele não seria diferente.

Seu coração estava acelerado, pulsando á mais de mil e o sol estava muito quente!
Ele tentava se esconder nas abas da caixa, mas, era muito pequena para conter o calor que o fazia sufocar...

Suas esperanças já estavam se perdendo!
Mas, de repente, apareceu uma humana que parou e olhou para ele...
Mas, será o que ela faria com ele?
Ele achou melhor não confiar, afinal de contas, foi um humano que o abandonou ali.
Humanos não são confiáveis!

Mas, ele sabia que sua vida estava totalmente dependente de algum humano bondoso, e poderia ser aquela parada ali em sua frente!

Seus olhos assustados a olhavam com temor e ele não sabia se podia ou não confiar sua vida novamente á um humano...

Mas, fazer o quê? era o único jeito de sobreviver, pelo menos por enquanto.

Então, ela tentou pegá-lo e brincou um pouco com ele, apesar de não entender nada, ela parecia uma humana boa.

Ele estava entrando em desespero, já era quase meio - dia e o destino da sua vida, estava nas mãos daquela humana!

Será, que ela cuidaria dele de verdade, ou simplesmente estava apenas observando ele naquela caixa e não faria nada por ele?

Era um turbilhão de pensamentos que passava em sua pequena cabecinha, e era difícil compreender tudo aquilo!

Era tudo ou nada!

Pensou em ser gentil e fazer fofurices, para conquistá-la.

Começou com aquele olhar meigo e fofo... a humana já estava toda derretida e nesse momento ela saiu...

Ele pensou que jamais comeria e beberia novamente, sua chance havia ido por água abaixo!

Sentado em sua caixinha, tomada por sol e calor, somente esperou mais uma chance de exibir sua fofurice à outro humano que por ali passasse...

Com a cabecinha baixa, olhar ao chão e com o coração despedaçado, carente e abandonado...
viu novamente as esperanças se renovar ao ver ao longe aquela mesma humana, voltando com alguma coisa em suas mãos!

Será o que poderia ser, seria para ele?
Ele não estava acreditando no que estava vendo, mas, resolveu ser positivo!

Quanto mais ela se aproximava, mais seus olhinhos brilhavam de tanta alegria e esperança.

Ele sabia que ela estava indo em sua direção e sua alegria foi espontânea!

Mesmo assim, ainda tinha medo! Muito medo.

Mas, deixou que o risco pudesse valer á pena...

Ela, a humana, se aproximou e agachou perto dele, colocando comida e água para que ele pudesse ficar forte!

Ele realmente estava muito feliz!

Olhava para ela sem acreditar que estava de verdade acontecendo aquilo.

Pelo menos foi salvo pelo "gongo."

Talvez não aconteceria aquilo todos os dias, mas naquele momento estava valendo.

A humana se retirava, enquanto ele a olhava e só começou a comer depois que ela se distanciou.

Ele comeu, bebeu, e se escondeu dentro da sua pequena caixa, que começou a ser a sua casa desde o momento em que o deixaram nela.

Será o que aconteceria no dia seguinte?
Afinal, ele sabia que só comeria aquela única refeição e no próximo amanhecer, seria impossível prever algum acontecimento...

E no dia seguinte? 
Será que ele iria ter coragem de sair da sua "casinha"?
Será que aquela humana viria novamente alimentá-lo?
Eram tantas dúvidas, mas ele resolveu deixar para o breve futuro que o aguardava...

A comida estava deliciosa e ao terminar de comer, sentou - se e começou a lamber suas pantufinhas!

Lambeu, lambeu e lambeu...
Até cansar! Seus olhos estavam pesados, foi então que resolveu deitar - se e finalmente adormeceu naquela brava tarde de sol.

Cap: 2 " O resgate!'

- Ele acordou depois de uma longa dormida na tarde de sol anterior, em uma manhã linda!
Ele havia sonhado durante aquelas quase 12 horas de sono, entre a tarde, até o amanhecer, que estava em um campo verde cheio de flores e borboletas, ele corria, corria e subia nas árvores que lá tinham e estava feliz! 

Sua mamãe estava lá, o protegendo e o alimentando. 
Não havia vida mais perfeita! 

Ele não queria acordar, estava tremendo suas "pantufinhas' de tanta alegria que sentia.
"Não, eu não quero acordar!" ele pensava!

Mas, seu estômago estava fazendo altos barulhos, lembrando que ele estava totalmente desprotegido, em algum lugar que sabia não ser aquele do seu precioso sonho.

Então, abriu seus olhinhos e colocou a sua cabecinha fora da caixa e a sensação de solidão e carência o dilacerava e sua face era de uma tristeza imensa e profunda.

Em seu silêncio mais intenso, ele se sentia totalmente vulnerável e solitário demais!

Era mais uma manhã e será que aquela humana voltaria para alimentá-lo? era impossível saber.
Diante disso, tirou força interior e saiu da sua caixinha com um pulo alto, a fim de lutar pela sua sobrevivência!

Começou a observar que a rua estava vazia e não havia aquelas coisas velozes passando, muito menos humanos andando por ali.

Era cedo e poderiam ainda estar todos dormindo.

Como ele era um gato, somente um gatinho, não havia muita coisa a fazer não!

Em tal caso, era melhor esperar mais algumas horas, até a rua começar a não ser tão triste e vazia, com somente ele a habitá-la.

O tempo foi passando e parecia uma eternidade, ficando ao lado da sua caixinha, sentado e olhando sempre para os dois lados da rua, seu olhar ficava cada vez mais cabisbaixo e tristonho.

Não haveria ninguém para lhe socorrer?

Não haveria ninguém para o alimentar?

Será que o seu fim seria esse?

Seus pensamentos aceleravam e seu coração faltava pular para fora de tanta ansiedade, com as incertezas do seu destino.

O sol já estava alto e a fome estava deixando-o sem forças e sem expectativa alguma!

Seus sonhos estavam já distantes de si e o pessimismo tomava conta da sua mente.

Mas, de repente... aquela pessoa apareceu!

Sim! No dia anterior ele não havia visto ela entrar ou sair de lugar algum, somente apareceu como um anjo em sua vida e sua gratidão foi imensa.

Mas, agora ela aparece em uma das casas do outro lado da rua e estava na porta encostada e olhando para ele?

Será que ela salvaria ele naquele dia novamente?

Estava a observar e parecia que ela falava com outro humano... sobre ele? será? Ele não falava "humanês" e não compreendia nada.

Resolveu esperar e advinha só!

Ela novamente estava atravessando a rua e levava em suas mãos ... comida!

A sua esperança se renovara naquele mesmo instante e ele sabia que não estava só.

Aquela humana de alma bondosa e coração puro, o salvaria do abismo em que foi jogado e ele podia ter uma leve esperança positiva sobre isso.

Ela se aproximou e abaixou-se novamente, falando o que ele jamais entenderia.

Mas, pelos gestos que ela estava a demonstrar, o faziam sentir-se protegido perto dela.

Ela tentou fazer carinho em sua cabecinha e dessa vez ele não hesitou!

Foi um humano que o abandonara ali, mas isso não significaria que ela seria igual.

Resolveu fechar seus olhinhos, enquanto recebia carinho em sua cabecinha, aquelas mãos humanas eram tão gostosas e o faziam sentir-se bem e amado pela primeira vez em sua vida.

Os minutos iam passando e as mãos não paravam de acariciá-lo e era muito bom!
Nunca tinha sentido tal sensação em sua triste vida.

Foi a única vez que sentiu o toque humano com tão pouco tempo de existência, já estava torcendo para que aquela humana que falava muito, enquanto fazia carinho nele, o levasse com ela...

Ele não havia tocado na comida e nem na água que ela havia levado, porque com todo o carinho e aquela sensação gostosa de proteção, até sua fome havia passado.

Mas, a humana retirou suas mãos macias de sua cabecinha e enquanto o olhava agachada, falava tantas coisas, que ele realmente gostaria de entender...

Mas, não entendia!

Nem mesmo entendeu porque ela parou de afagá-lo...

Ele a olhou e baixou sua cabecinha, começou a comer e pela segunda vez, era a comida mais gostosa que já havia provado, em toda a sua etapa de vida.

Ficou maravilhado! Porque ela ainda continuava ali, olhando-o e parecia que estava esperando ele terminar para novamente lhe fazer carinho.

Então, ele se apressou e comeu rapidinho! Depois, tomou água e adivinha?

A humana lhe pegou, colocou em seu colo e estava levando-o...

Ele não sabia para onde, mas, apesar da incerteza, o jeito era deixar ser levado.

O que ela faria com ele, se não cuidar?

Ele não sabia, mas, seu destino já estava traçado.

Então, ela o abraçou e continuava a tocar suas mãos que mais pareciam plumas de veludo em sua cabecinha.

Chegou naquela casa que ele havia visto, no outro lado da rua e finalmente ele havia conquistado mais uma vitória e em seu trajeto de vida até ali, começava a tomar novos rumos!

Sua história não acabaria naquela manhã, ela continuaria e em algum lugar ele sabia que encontraria um lar de verdade e apesar do sonho que tivera estar bem distante da sua realidade, ele acreditava que talvez seu caminho pudesse achar a felicidade um dia.

Talvez, naquela mesma manhã ele a acharia...

Ela o pôs no chão ao entrar na casa, ele ficou desnorteado naquele instante e correu por toda aquela residência e tentava se esconder irresoluto.

Mas, ela o deixou tranquilo enquanto ele se acalmava.

Tentou ainda atravessar a rua e ir para a sua casinha de papelão, mas, havia aquelas coisas velozes passando e seria melhor não arriscar.

De repente aquietou-se em um canto e lá ficou por toda a manhã.

Totalmente duvidoso sobre o seu destino, tentava encarar a realidade como deveria ser e se era a sua sina que o pior acontecesse, seu extinto não estava falando isso.

Talvez ele tivesse sorte por ter sido descoberto por aquela humana generosa e amável.

Aquela humana caridosa, estava feliz por tê-lo visto no dia anterior e resolveu tomar providências quanto ao destino daquele bichano fofo e dócil.

Fez uma ligação para seu irmão e perguntou-lhe se ele podia adota-lo, depois ela foi contando toda a cronologia dos acontecimentos e dali surgia uma história de uma vida que atravessaria os milênios...
Um simples gatinho, mudou a vida de tantos humanos de uma maneira que jamais foi vista e sua trajetória estaria apenas no início.

Cap: 3 - "A adoção!"

- Na manhã seguinte Rú, o irmão daquela humana com coração de anjo, foi conhecer o adorável gatinho.
Ele tenta pegar ele, mas, ele hesita por um longo tempo. 
Afinal, quem era mesmo aquele humano? 
Ele não sabia! 
Á menos que aprendesse a gostar dele.
Mas, ele tinha que fazer por onde isso pudesse acontecer realmente. 
Talvez, não levasse muito tempo não!
Porque pensando bem, ele era um serzinho indefeso e precisava de alguém, um humano para lhe dar um coração, para que ele pudesse fazer morada nele por inteiro.
Rú, era um homem de meia idade, que tinha um grande trauma de infância e sempre sentiu-se culpado por um ato inocente e que foi feito por amor.
Olhar aquele gatinho, lhe deu uma enorme vontade de chorar e muitas memórias da sua infância começou a aparecer naquele momento.
Então, ele começou a lembrar de quando era bem pequeno.
Sua inocência foi corrompida por um grande erro, que jamais conseguia superar. Mesmo após tantos anos.

Quando ele criança, era bastante ingênuo. Mas, carregava um enorme coração dentro de si.
O fato ocorrido naquela época se instalou em seu peito e o fere com intensidade até hoje!
Quando ele recorda, seus batimentos cardíacos ficam acelerados, seus olhos se enchem de lágrimas e sua feição se contrai em total tristeza e culpa. 

O caso é que um dia, na casa da sua mãe, apareceu uma gatinha com 7 filhotinhos. 
Mas, algo não iria sair bem. Porque, sua mãe era muito exigente quanto a criação de qualquer animal.

Ele morava com ela e mais algumas irmãs, era somente ele do sexo masculino e não havia outro homenzinho naquele lar, a não ser ele mesmo.
Ele foi se apaixonando pela gatinha e seus adoráveis filhotinhos. 

Todos os dias, ele a alimentava junto dos seus filhotes e dava-lhe muito carinho!

Mas, sua mãe era contra criar animais e não gostava nenhum pouco do que ele estava fazendo, que era alimentar os bichinhos.

Todos os dias, era frequente ela se irritar e dizer para ele abandonar a mãe gata e seus gatinhos em algum lugar!
Pois lá, eles não podiam mais ficar.

Ela dizia que eles estavam dando despesas e deixando tudo com odores horríveis, por causa de suas necessidades fisiológicas.

Ela falava isso todos os dias, até que um dia soou como ameaça o seu tom de voz grosseiro e insensível.

Ele amava os bichinhos. 

E dias se passaram desde que ele começou a cuidar deles e sentir um grande sentimento que jamais havia sentido antes!
Ele ouvia sua mãe agora gritar alto e dizer: 

"se livra desses gatos ou me livro eu!" 

ou então...

 "leva esses gatos para algum lugar, porque eu não aguento mais ver eles perto de mim"

Rú, em sua inocência de criança ouvia calado e com o coraçãozinho mais que apertado.
Pensou que seria muito triste abandonar aquelas coisinhas, que já era como se fosse um pedaço seu.

Sem dizer exatamente nada, com um olhar cabisbaixo e em profundo pesar, pegou todos os gatinhos e colocou-os em um saco e com toda a sua inocência foi até o rio e sem pensar muito, pegou um pedaço de madeira e foi tirando um a um de dentro do saco, ceifava a vida de cada um deles um a um e jogava no rio...
Quando chegou a vez do último gatinho, ele já havia perdido toda a sua inocência, e aos prantos sacrificou-o! E também o jogou ao rio.
Ele depois do ato feito, se sentou á beira do rio e chorou, chorou... até não haver mais lágrimas para cair.

Para ele, aquilo era um ato de bondade e de amor, por achar que abandonados eles sofreriam bem mais.

Pois eram muito pequeninos e indefesos.
Dessa forma, eles nunca mais iriam sofrer e nem serem expulsos de nenhum lugar, por humanos frios e sem sentimentos...

Desde aquele dia, ele nunca mais foi o mesmo! 

Tinha pesadelos com frequência e sentia dores intensas em seu peito.

Ele nunca confessou a sua mãe e a nenhum outro alguém o que fez!
Só depois de muitos anos, ainda com muita culpa e ressentimentos, abriu o seu coração e contou toda a história.

Enquanto ele contava, parecia que aquele homem, tirava um grande peso de dentro de si, seus olhos ficaram parados e fixos em um só lugar ao chão, parecia que ele estava revendo cada cena daquele momento aterrorizante.

Ele só obedeceu ao pedido da sua mãe, livrando somente á ela, dos seu únicos amiguinhos que sempre lhe despertava sorrisos. 
Porque ele mesmo jamais iria ser livre da terrível maldade cometida. 
Infelizmente! Todos os sorrisos que aquelas criaturinhas davam a ele, se transformaram em dor e sofrimento, por toda a sua vida.

Ele sempre levará todos eles em seu coração e seus pensamentos, porque na sua grandiosa pureza, ele agiu com enorme amor e singeleza.
O ato em si foi tirano, porém a causa foi nobre. 

O tempo passou e ele estava tendo a chance de rever seus erros, tentando fazer a diferença, na vida daquele lindo felino.

Não demorou muito, com seu tom de voz carinhoso e doce, logo estava com o bichano em seus braços!

Ele não morava muito longe dali, e logo o adorável ser estaria em um lar, cheio de amor e "cuidados".

Ambos saíram daquela casa cheios de esperanças, será que de fato, estaria ali nascendo uma grande amizade? 

Ou seria algo passageiro?
Será que Rú, não havia modificado sua maneira de pensar?
Será que ele estava de fato querendo consertar o erro hediondo do seu passado?

Muitas coisas aconteceram depois dali e nada foi tão legal como parecia ser.

O bichano passou a ter um nome, em sua primeira semana com Rú.

No começo todos estavam derretidos por ele. 
Mas, havia pessoas que não estavam gostando daquilo tanto assim, e por esse motivo a história daquele felino foi curta, cheia de aflições, muita dor
e sofrimento. 

Até mesmo em sua morte...

Ele não sabia que iria ter um final tão trágico! 

Mas, o que ocorreu naquele período, estava fazendo ele perder as esperanças de ter uma vida longa e duradoura.


Cap: 4 "O gato malvado da área" - (capítulo final!)

Após, um período de tempo em que estava na casa de Rú, o gatinho ganhou um nome lindo!
Que fazia jus á cor do seu belo pêlo negro. 
Bonito e muito sapeca, começava a desenvolver seus "ovinhos" que mais pareciam dois pomponzinhos, bem peludinhos.

Sinal de que já estava quase para entrar no cio.

Black, agora era seu nome. Amado e cuidado por todos! Menos por um gato alfa do bairro.

Black, começou a ser perseguido todos os dias. 
E até dentro da casa de Rú...
seu inimigo mais temido adentrava.

O gato estava buscando dominação de território e atacava qualquer um. 
Mesmo aqueles que nem sequer ainda disputava as gatinhas!
Como era o caso de Black. 
Que ainda nem saia para namorar, só gostava mesmo era de brincar com seu melhor amigo, Obscuro.

Obscuro...
Um gato do vizinho. 
Que chegara no mesmo período que ele, para morar com aqueles adoráveis humanos.

Eles dois, sempre se encontravam pela manhã e á tardinha. Só para enfiar suas pantufinhas peludas, nos buracos dos tijolos.
Cada um ficava do lado oposto e ficavam colocando suas patinhas para se encontrar, dentro dos buracos dos tijolos e quando se encontravam, tiravam rapidamente e punham novamente.
E assim, passavam suas tardes.
Sempre se divertindo e cumprimentando todos que pela rua passavam!

Eu ficava sempre a observar os dois. Eram tão parecidos, que era como se tivessem saído do mesmo ventre.


Houve um dia, em que algo trágico aconteceu e essa foi a primeira vez que Black foi atingido por seu inimigo. O gato malvado da área.

Ele já havia sofrido várias perseguições e sempre fugia.
Subia rapidamente nos pés de árvores que havia por perto, como mangueiras, berimbazeiro e aceroleiras. 
Uma vez, o vi se escondendo no galinheiro do vizinho e ele sempre me olhava assustadinho, com seus olhinhos medrosos, como se estivesse pedindo para ajudá-lo.
E eu o ajudei, várias vezes. 
Eu estava já amando ele, pois ele me reconhecia como sendo da família e sempre me pedia carinho.
Eu o afagava e ele empurrava sua cabecinha a favor de minhas mãos e eu amava isso.
Me apaixonei por ele.

Ele foi o serzinho que me fez amar gatinhos.

E hoje, fico toda derretida quando vejo um.

O gato o perseguiu tanto, que não teve jeito, eles entraram em luta corporal e eram tantos gritos aterrorizantes dele, que até hoje ainda consigo ouvir.

Black, nesse dia, saiu todo ferido.
Não eram feridas grandes, mas era umas duas ou três. Bem pequenas. Mas, saiu muito sangue.
Levou dias para cicatrizar.

Mas, todos nós cuidamos bem e ele ficou curado.

Porém, não parou por aí!

Black, começou a morar comigo, ele que se adotou.
Creio que por causa de tanto ele sentir que era amado por mim e eu sempre fazia suas vontades.

Lembro de todos os dias, ele me acordar tocando suas patinhas no meu rosto, ás 4 da manhã.
Era sempre quando queria fazer "caquinha."
Então, eu acordava meu esposo e nós dois íamos ficar com ele, para ele fazer suas necessidades.

Ele era muito medroso e quase sempre estava depressivo. Tudo culpa daquele gato, que o assombrou por meses.

Ele estava prestes a fazer um aninho de vida e o que houve, foi realmente devastador para todos nós.

Um dia, ele brigou novamente com o gato e abriu-se uma enorme ferida próxima ao seu rabo.
Todo o pêlo caiu e era bastante profunda a cavidade da ferida.

Ele já estava no período do cio e já não parava em casa, só saia e por vezes passava de três dias, sem vir comer ou beber.

Até que começamos a colocar roupinha cirúrgica nele e muitos remédios, juntamente com o "cone da vergonha", para que ele não lambesse.
"Recomendações do veterinário."

Mas, certa vez, mesmo com todos os cuidados, ele fugiu novamente e já não deixava nós colocar nada nele.
Ele ficava apavorado, sempre olhando para as nossas mãos, para ver se havia remédios.
Porque já havia se passado vários meses e a ferida nunca sarava.
Ele também, começou a criar uma técnica de passar o cone, por cima da roupinha cirúrgica, até sangrar.
Creio que é porque coçava muito.

Foi aí, que acabei por tirar sua roupinha cirúrgica.

Ele se alegrou e o que fez? fugiu novamente.

Dessa vez, passou três dias sumidos novamente e para a decepção de todos nós, quando ele apareceu, a ferida estava tomada por larvas gigantes, que se mexiam e caiam no chão.
Elas estavam a se alimentar de sua carne, provavelmente desde que ele fugiu, pois o odor era de decomposição e isso foi muito grave.

Pelo estado, em que ele se encontrava, elas obviamente já havia comido algum orgão vital.

Ele chegou tão fraco e faminto, com aquelas coisas nojentas em suas nadégas... em torno também do rabo, que não teve ânimo, nem mesmo para comer.

Ele se deitou, deu um último miado.
Seus olhos começaram a perder o brilho e indicava que a morte estava chegando.
Ele não tinha forças e encostou seu narizinho no chão e sua cabeça pendeu para o lado...

Eu me senti apavorada e comecei a chorar de tristeza.
Não havia mais nada a fazer e fui tomada por um sentimento de angústia. 

Black morreu naquele mesmo momento.
E meus soluços foram tão altos que só senti dor igual, aos meus 17 anos.

Fiquei abalada por dias e nós cremamos seu corpinho e o enterramos no quintal.
Fiz seu túmulo com pedras e plantei malva do reino, em cima.
É uma erva medicinal, muito cheirosa que há no fundo do meu quintal.

O fato de ter plantado ela por cima de seu túmulo, foi para homenageá-lo.
Ele costumava ficar embaixo da planta e fechar seus olhinhos e apreciar o aroma, levantando o narizinho para sentir a fragrância. 

Black, viveu por pouco tempo. Sua vida foi extremamente curta, mas sua jornada aqui nunca foi por acaso.

Por causa dele, nunca mais duvidei da existência de Deus e aprendi a amar os animais, como jamais imaginei amar.

A própria natureza o feriu e ela mesma o destruiu.

O gato que fez isso com ele, um dia apareceu morto numa estradinha de terra.
Creio que algum humano se cansou dele e matou o bichinho.

Mas, a natureza é assim mesmo.
Não devemos interferir!

Não deveria haver brigas por territórios na espécie humana, e é, o que mais vemos desde os primórdios.
Os felinos buscam dominar seu território e ás vezes, isso acaba por terminar de forma trágica.

O caso do Black, é apenas mais um caso. De uma história que sempre se repete, em quase todas as espécies.

Mas, esse foi um caso especial. Pelo qual resolvi descrever e eternizar.

Black, não foi somente mais um gato. Ele foi um filho, um animalzinho que era super inteligente, amável com todos.
Sapeca e muito travesso.

Eu gostaria de enfatizar o fato aqui, de que eu gostaria muito de ter a oportunidade de criar um filhotinho dele.
Mas, infelizmente! 
A gatinha que engravidou dele, era muito jovem e acabou perdendo e comendo em seguida todos os seus filhotes.

Black, nunca será esquecido.
Por todas as suas travessuras e feitos em sua vida...
Será eternizado em contos e memórias de nós.

Ele teve uma história bem triste. 
Do início ao fim de seu curto respirar.
E é por isso que ele deve estar muito mais feliz no lugar em que mora agora.

Seu sofrimento acabou. 
Mesmo tendo vivido tão pouco, foi amado intensamente. Por todos nós que fizemos de sua existência, uma lenda em nossas memórias.



Conclusão e agradecimentos; 

"Black, uma jornada de amor e lembranças" é uma obra que mergulha nas profundezas do coração humano, desvendando suas camadas de emoção, desafios e aprendizados. Com uma história linda, dramática e repleta de significado, o livro nos transporta por uma jornada inesquecível, que nos toca e nos transforma.

Ao longo das páginas, testemunhamos a trajetória de personagens cujas vidas se entrelaçam de maneira intensa e surpreendente. Amor, perdas, superação e resiliência se entrelaçam em uma teia emocional complexa, e é através dessa trama intricada que encontramos verdadeiros ensinamentos.

A história de "Black" nos mostra que, apesar das adversidades, o amor tem o poder de curar, de unir e de transcender. É uma celebração da vida e das relações humanas, nos lembrando da importância de valorizar cada momento e cada pessoa que encontramos em nosso caminho.

Convido você, leitor, a espalhar essa história por todos os cantos do mundo. Compartilhe as emoções, os ensinamentos e as reflexões que "Black" desperta em seu coração. Permita que outros mergulhem nessa jornada de descobertas e que encontrem significado em suas próprias vidas.

Agradeço profundamente a todos os leitores pela dedicação e pelo carinho com os quais se entregaram a esta obra. Foi uma jornada conjunta, onde palavras ganharam vida e tocaram almas. Sem vocês, leitores, essa história não seria completa.

Que "Black, uma jornada de amor e lembranças" continue a ecoar nas mentes e nos corações daqueles que tiveram o privilégio de lê-lo. Que suas páginas sejam compartilhadas, discutidas e amadas, inspirando outros a buscar suas próprias jornadas de amor, superação e aprendizado.

Obrigado por embarcarem nessa aventura literária comigo. Que possamos, juntos, continuar explorando os caminhos fascinantes da literatura, da imaginação e do coração humano.



Escrito por: Alinny Mello

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